Foi detectada, na passada quinta-feira, uma ligeira fuga radioactiva na central nuclear de Kozlodoui, na Bulgária, sem que, no entanto, houvesse contaminação do pessoal, conforme anunciou o director da central, Ivan Guenov.
“A fuga foi originada na soldadura de um tubo pelo qual passam águas radioactivas. Não há nenhum perigo para o pessoal”, garantiu Guenov a uma rádio nacional búlgara.
Em comunicado, a direcção da central declarou que “um ligeiro aumento do fundo radioactivo foi constatado nomeadamente durante um controlo de rotina, quinta-feira, na parede exterior do corpo especial que está situado em frente dos reactores 5 e 6”.
O referido corpo “serve para transportar, tratar e preservar soluções radioactivas. O acidente ocorreu depois de um transporte de solução radioactiva”, esclarece o comunicado.
Os responsáveis da central de Kozlodoui estimam que o acontecimento sucedido deva ser classificado ao nível 0 da escala internacional de acidentes nucleares (INES), a qual é constituída por oito graus de gravidade, de 0 a 7 (como foi o caso do acidente de Chernobil), sendo que o nível 0 é, logicamente, o menos grave.
Esta central nuclear búlgara foi parcialmente encerrada em vésperas da adesão da Bulgária à União Europeia, a 1 de Janeiro de 2007, por pedido da UE, que evocou motivos de segurança.
Actualmente, apenas dois reactores, se mantêm em funcionamento, o 5 e o 6, a 1000 MW cada um, os restantes, já obsoletos, foram fechados.
Texto: Sérgio Mendonça
Fonte: Lusa
Foto: BBC